Entre as funções do Estado, a defesa do cidadão e a manutenção da ordem interna, nunca estiveram tão questionadas e em xeque, como agora. Questiona-se a morosidade da justiça, não se acredita no aparelho estatal de vigilância e repressão, não se acredita, também, em seus políticos, não se encontra perspectivas para uma melhora na qualidade do ensino e, para piorar tudo isto, o cidadão encontra-se encurralado e entregue a sanha dos bandidos cada vez mais numerosos, armados, afoitos e violentos.
Como a reação dos órgãos responsáveis é reduzidíssima, fica-se naquela posição de que “o crime compensa” e que a punição é quase uma balela. Os bandidos, aproveitando-se da situação, com maior arrojo e aliados a uma tecnologia de ponta, não poupam o elemento fardado e nem mesmo a própria instituição responsável pela repressão.
No século passado, no Nordeste e mais especificamente em Pernambuco, nas décadas de 10 e 20, tivemos várias inversões de valores, com a tentativa, por parte dos bandidos, de se estabelecer aqui um Estado Paralelo de Poder.
A história, como é de conhecimento geral, é cíclica, ou seja, se repete em uma certa ordem. O atual CANGACEIRISMO MODERNO, high-tec e de poderio ameaçador, infinitivamente superior ao identificado no CICLO DO CANGAÇO (1870-1940), bem atesta o sentido em que se emprega o termo.
É verdade que muita água já passou por debaixo da ponte, ou seja, já se perdeu muito tempo. Os valores éticos, morais e religiosos, mudaram, infelizmente, de forma espetacular nesta sociedade tão inovadoramente permissiva. PÁTRIA, RELIGIÃO E FAMÍLIA, não são mais as principais colunas de sustentação de uma sociedade ordeira. A bandidagem reinante, fazendo apologia de “sua missão”, bem como, certos da impunidade, provocam a existência de um desgoverno paralelo, assim como foi tentado por Antônio Silvino e Lampião, no século passado. Esses atuais marginais, intimando a população com o seu modus faciendi e vivendi, alterando, assim, a lei, fazem com que o cidadão fique refém em seu próprio lar, sem a certeza que lá, ele e seus familiares, estarão a salvo das investidas dos criminosos.
Até parece que estamos vivendo os finais da nossa história aqui na Terra, onde uma personagem medonha, o ANTICRISTO, segundo o Apocalipse, aqui representado pela violência, através de grandes sinais e prodígios, enganará a todos. Não se enganem! Para se combater este estado ANTIDEMOCRÁTICO de direito, o prefixo ANTI que precisa e deve ser usado contra a bandidagem reinante é o ANTICRIMINALIDADE, solução para se opor à anarquia generalizada e a falta de uma política definitiva, por parte dos nossos governantes.
Aos olhos atentos, esse nefasto estado de coisa repete o que vivenciamos na virada do século XIX até as três primeiras décadas do XX, onde os poderosos “chefes políticos” de então, viviam as turras, em brigas sem fim e, as autoridades, pouco ou nada faziam para combatê-las. A ausência do aparelho repressor estatal provoca um vácuo no combate aos fora-da-lei, dando a nítida certeza, para aqueles malfeitores, que, repitamos, o crime compensa. Vejam se a história não está se repetindo!
É mister que a sociedade acorde do marasmo em que se encontra e provoque, de forma ordeira, os seus representantes legais para promoverem uma SUPER FORÇA VOLANTE para agirem duro contra esta lastimável situação.
Precisamos fazer valer o poder do ANTICRIMINALIDADE contra a bandidagem operante, pois, a solução para se opor a anarquia generalizada é a de imprimir uma política de combate séria e sem trégua a violência reinante em nosso país. Para tanto, não precisamos copiar experiências do Velho Mundo ou a praticada pelos Estados Unidos da América, basta, somente, darmos uma olhada no que está fazendo o nosso vizinho, a Colômbia, outrora detentora de índices inimagináveis de criminalidade em seu território. Bogotá, a capital do país, aliando a sociedade com o poder público colombiano, está conseguindo reduzir os efeitos nocivos dessa praga que é a violência criminal. Observem que lá, existem outros problemas que dificultam a execução de tal plano, a guerrilha e o enraizado e bem estruturado tráfico de drogas, mas mesmo assim estão vencendo a batalha.
Falta, ao meu ver, no caso brasileiro, portanto, além de uma reestruturação no aparelho criado para refrear a criminalidade, engajar mais um simples e fundamental elemento – A CREDIBILIDADE DA POPULAÇÃO, um dos motivos pelo qual o aparelho repressor estadual de Pernambuco, saiu-se vitorioso contra o cangaceirismo de então. Naquela oportunidade, o cidadão, observando que a luta travada pelo governo era mesmo para valer e estava atingindo os seus objetivos, passou a acreditar em seus governantes e agiram, dentro das suas limitações, como era de se esperar, ajudando na vitoriosa política Estadual contra o império da criminalidade.
A estupenda matéria jornalística, publicada no Caderno Especial, do Jornal do Commercio, de 30 de abril de 2006, intitulada MANUAL CONTRA A VIOLÊNCIA, deve ser lida por toda a sociedade, principalmente pelo universo escolar, e devidamente colocada nos anais das casas representativas do povo brasileiro.
É bom que fique claro que a violência não só se combate com violência, é preciso, antes de tudo, muita seriedade, educação (em todos os planos – doméstico, religioso e escolar), além de institucionalizar e aparelhar uma polícia cientifica a altura do modernismo alcançado pelos marginais. Pelas ações, simples e eficazes, empregadas pela Prefeitura de Bogotá, mesmo sem estar diretamente ligadas à polícia, elas nos ensinam que a palavra de ordem, aqui, deve ser, também: MAIS CIDADADANIA, MENOS CRIME. Resta-nos, portanto, lembrar e cobrar às autoridades constituídas: CADÊ A DISCIPLINA MORAL E CIVISMO? e, finalmente, CADÊ O NOSSO PLANO BRASIL?
Como a reação dos órgãos responsáveis é reduzidíssima, fica-se naquela posição de que “o crime compensa” e que a punição é quase uma balela. Os bandidos, aproveitando-se da situação, com maior arrojo e aliados a uma tecnologia de ponta, não poupam o elemento fardado e nem mesmo a própria instituição responsável pela repressão.
No século passado, no Nordeste e mais especificamente em Pernambuco, nas décadas de 10 e 20, tivemos várias inversões de valores, com a tentativa, por parte dos bandidos, de se estabelecer aqui um Estado Paralelo de Poder.
A história, como é de conhecimento geral, é cíclica, ou seja, se repete em uma certa ordem. O atual CANGACEIRISMO MODERNO, high-tec e de poderio ameaçador, infinitivamente superior ao identificado no CICLO DO CANGAÇO (1870-1940), bem atesta o sentido em que se emprega o termo.
É verdade que muita água já passou por debaixo da ponte, ou seja, já se perdeu muito tempo. Os valores éticos, morais e religiosos, mudaram, infelizmente, de forma espetacular nesta sociedade tão inovadoramente permissiva. PÁTRIA, RELIGIÃO E FAMÍLIA, não são mais as principais colunas de sustentação de uma sociedade ordeira. A bandidagem reinante, fazendo apologia de “sua missão”, bem como, certos da impunidade, provocam a existência de um desgoverno paralelo, assim como foi tentado por Antônio Silvino e Lampião, no século passado. Esses atuais marginais, intimando a população com o seu modus faciendi e vivendi, alterando, assim, a lei, fazem com que o cidadão fique refém em seu próprio lar, sem a certeza que lá, ele e seus familiares, estarão a salvo das investidas dos criminosos.
Até parece que estamos vivendo os finais da nossa história aqui na Terra, onde uma personagem medonha, o ANTICRISTO, segundo o Apocalipse, aqui representado pela violência, através de grandes sinais e prodígios, enganará a todos. Não se enganem! Para se combater este estado ANTIDEMOCRÁTICO de direito, o prefixo ANTI que precisa e deve ser usado contra a bandidagem reinante é o ANTICRIMINALIDADE, solução para se opor à anarquia generalizada e a falta de uma política definitiva, por parte dos nossos governantes.
Aos olhos atentos, esse nefasto estado de coisa repete o que vivenciamos na virada do século XIX até as três primeiras décadas do XX, onde os poderosos “chefes políticos” de então, viviam as turras, em brigas sem fim e, as autoridades, pouco ou nada faziam para combatê-las. A ausência do aparelho repressor estatal provoca um vácuo no combate aos fora-da-lei, dando a nítida certeza, para aqueles malfeitores, que, repitamos, o crime compensa. Vejam se a história não está se repetindo!
É mister que a sociedade acorde do marasmo em que se encontra e provoque, de forma ordeira, os seus representantes legais para promoverem uma SUPER FORÇA VOLANTE para agirem duro contra esta lastimável situação.
Precisamos fazer valer o poder do ANTICRIMINALIDADE contra a bandidagem operante, pois, a solução para se opor a anarquia generalizada é a de imprimir uma política de combate séria e sem trégua a violência reinante em nosso país. Para tanto, não precisamos copiar experiências do Velho Mundo ou a praticada pelos Estados Unidos da América, basta, somente, darmos uma olhada no que está fazendo o nosso vizinho, a Colômbia, outrora detentora de índices inimagináveis de criminalidade em seu território. Bogotá, a capital do país, aliando a sociedade com o poder público colombiano, está conseguindo reduzir os efeitos nocivos dessa praga que é a violência criminal. Observem que lá, existem outros problemas que dificultam a execução de tal plano, a guerrilha e o enraizado e bem estruturado tráfico de drogas, mas mesmo assim estão vencendo a batalha.
Falta, ao meu ver, no caso brasileiro, portanto, além de uma reestruturação no aparelho criado para refrear a criminalidade, engajar mais um simples e fundamental elemento – A CREDIBILIDADE DA POPULAÇÃO, um dos motivos pelo qual o aparelho repressor estadual de Pernambuco, saiu-se vitorioso contra o cangaceirismo de então. Naquela oportunidade, o cidadão, observando que a luta travada pelo governo era mesmo para valer e estava atingindo os seus objetivos, passou a acreditar em seus governantes e agiram, dentro das suas limitações, como era de se esperar, ajudando na vitoriosa política Estadual contra o império da criminalidade.
A estupenda matéria jornalística, publicada no Caderno Especial, do Jornal do Commercio, de 30 de abril de 2006, intitulada MANUAL CONTRA A VIOLÊNCIA, deve ser lida por toda a sociedade, principalmente pelo universo escolar, e devidamente colocada nos anais das casas representativas do povo brasileiro.
É bom que fique claro que a violência não só se combate com violência, é preciso, antes de tudo, muita seriedade, educação (em todos os planos – doméstico, religioso e escolar), além de institucionalizar e aparelhar uma polícia cientifica a altura do modernismo alcançado pelos marginais. Pelas ações, simples e eficazes, empregadas pela Prefeitura de Bogotá, mesmo sem estar diretamente ligadas à polícia, elas nos ensinam que a palavra de ordem, aqui, deve ser, também: MAIS CIDADADANIA, MENOS CRIME. Resta-nos, portanto, lembrar e cobrar às autoridades constituídas: CADÊ A DISCIPLINA MORAL E CIVISMO? e, finalmente, CADÊ O NOSSO PLANO BRASIL?
(*) Geraldo Ferraz de Sá Torres Filho - Diretor de Pesquisa e História da União Brasileira de Escritores, seccional de Pernambuco – UBE-PE, Núcleo Cel. Carlos Ferraz. Membro do Centro de Estudos da Historia Municipal da CONDEPE/FIDEM. Sócio da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço – SBEC. Autor dos livros: "Pernambuco no Tempo do Cangaço" e "Theophanes Ferraz Torres", um bravo militar. (1894-1933).
2 comentários:
Olá meu nome é Mário Silva, Jornalista Responsável pelo Jornal Períodio denominado de JORNAL O SERTÃO.
Temos grande interesse em publicar algumas máterias sobre a vida de Lampião.
Seu Blog está de parabéns por realizar pesquisas sobre o famoso heroi do nordeste.
Prezado Mário,
temos já alguns arquivos. Você pode transcrevê-los em zeu jornal, desde que citada a fonte e o autor.
Obrigado pela visita.
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