Capa do Livro
Publicado no ano de 1996, o livro “Nas Garras de Lampião” de autoria do pesquisador Raimundo Soares de Brito, volta às livrarias com nova roupagem, em edição de ‘peso’, revista e ampliada. O livro conta a história, minuciosamente, do prisioneiro Antônio Gurgel do Amaral que ao se ver preso pelo bando do famigerado cangaceiro Virgolino Ferreira da Silva – o Lampião, escreveu durante o tempo em que esteve refém, um diário que tempos mais tarde foi publicado em jornais do Rio de Janeiro, sendo considerado um dos mais sérios documentos a respeito da passagem do bandido por essas glebas.
O escritor Raimundo Nonato, autor de “Lampião em Mossoró”, já havia publicado, anteriormente, o diário do coronel Antônio Gurgel no seu livro, mas não deu o destaque merecido, porém daí surgiu a idéia de Raibrito, como é mais conhecido, escrever “Nas garras de Lampião”.
Seu trabalho maior, além das notas de pé de página, foi colher depoimentos de pessoas que participaram, na época do ataque, na defesa da cidade. Nomes como Francisco Pinto, Manoel Duarte, Homero Couto, e outros aparecem na obra do pesquisador. São contribuições valiosas que tendem a ‘desmascarar’ quem, realmente, matou Colchete e alvejou Jararaca.
Raibrito acrescentou ainda nesta edição vários novos artigos sobre o grupo de Lampião. Dentre os colaboradores está, também, o pesquisador Antônio Kydelmir Dantas de Oliveira, que nos brinda com alguns artigos, sendo um Especial, sobre a “Influência no Cangaço no RN nos diversos gêneros da arte”, o que vem enriquecer mais ainda a obra de Raibrito.
A Coleção Mossoroense, em parceria com a Fundação Vingt-un Rosado, teve a idéia de reeditar “Nas Garras de Lampião”, tendo em vista que é um assunto por demais histórico e que a obra estava esgotada.
Brito teve ainda o cuidado de checar todas as informações antes do trabalho ir para a gráfica, mas diz ele “a verdadeira História de Lampião, ainda está para ser contada”, pois, acrescenta, “nem tudo foi dito a respeito dele (Lampião)”.
Sem data ainda definida para fazer o lançamento da obra, e apesar de ser avesso a tal, Raimundo Brito define seu trabalho como um marco na bibliografia do cangaço no Rio Grande do Norte.
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